quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

OS PRIMEIROS PROFESSORES LAICOS NA EUROPA E NO BRASIL

Desde que a Companhia de Jesus fora criada, no século 16, a Igreja detinha o ensino, não somente na Europa como na América, com destaque para Portugal e Brasil, onde foi marcante a presença dos jesuítas nas salas de aula.

O domínio jesuítico somente foi removido quando o ministro de Estado, marquês de Pombal (que era antirreligioso), os expulsou de Portugal e de suas colônias, uma das quais o Brasil.

O período (1750 - 1777) em que Pombal ficou no Governo foi marcado pelo crescimento das ideias iluministas, que defendiam, dentre outras, a transferência da administração escolar da Igreja para o Estado. Assim foi feito.

Fechou todas as escolas administradas pelos jesuítas, além de proibir que seus métodos fossem adotados em sala de aula. Em 1759 foram registradas as primeiras aulas de gramática latina, grego e retórica administradas pelo Estado.

Alguns anos depois foi criado um imposto para sustentar o ensino público. Outras disciplinas passaram a compor o rol daquelas que eram ministradas pelo Estado.

Para se tornar professor, bastava o pretendente se candidatar para ser examinado por uma comissão previamente criada para esse fim. Os aprovados eram nomeados, cujo "contrato" durava de um a seis anos.

A partir de 1760 começaram a chegar ao Brasil os primeiros professores pagos pelo Estado português, os quais foram enviados à Bahia e Pernambuco. Posteriormente (1772), outras capitanias foram beneficiadas, mas somente as maiores.

No Brasil - pelo menos até 1790 -, as leis permitiam que somente os meninos assistissem às aulas e, embora a partir da referida data as leis permitissem a presença de mulheres, foi no início do século 19 que elas passaram, de fato, a entrar nas salas de aula, que funcionavam nas próprias casas dos professores. O conceito de colégio como o vemos hoje se revelou somente no século 20.

Os professores deveriam mostrar boa conduta, sob pena de perderem o emprego e de não receberem o salário, que, por sinal, chegava a se atrasar por vários anos. No estado de Minas Gerais, por exemplo, houve professores que permaneceram no cargo por mais de 25 anos, mesmo recebendo salários atrasados, um mal ainda presente em muitos locais no Brasil.

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